Movimento Pró-Teatro de Arena de Ribeirão Preto

"Ao longo do tempo o poder público realizou muitos projetos em detrimento de outros muitos que deixou de realizar. As escolhas nunca são aleatórias, mas repercutem para o bem e para o mal. O diagnóstico da realidade atual revela, em relação à cultura, que houve um prejuízo quanto ao patrimônio histórico. A falta de investimento nas últimas 3 décadas em manutenção, reforma, preservação e restauro, reflete a excessiva demanda em fazê-lo de maneira rápida e imediata. Em alguns casos, diante da eminência da perda, como é a Casa da Caramuru, que o poder público reconhece sua responsabilidade, mas ressente a dificuldade operacional, legal e financeira.

Permitindo-nos um olhar amplo, apontamos como necessidades latentes, a preservação de todos os bens tombados, a restauração da antiga Cianê, dos barracões da CEAGESP, da tulha da Fazenda Baixadão, do Barracão do Ipiranga e da Maria Fumaça, localizada na Gerônimo Gonçalves, a preservação dos prédios do Museu Histórico, do Museu do Café e do Mercadão, a reforma dos Centros Culturais Campos Elíseos e Quintino e a revitalização do Morro do São Bento, que passa pela reforma da Casa da Cultura, do Teatro de Arena e do Teatro Municipal.

Sempre será preciso fazer escolhas. Todas as ações delineadas a cima representa um investimento indisponível – ao longo de quatro anos - a qualquer governo municipal. Por isso, a relação poder público e sociedade civil se faz tão importante. Entender as prioridades através de um diálogo permanente permite, mais legitimamente, estabelecer critérios em relação aos projetos a serem realizados.

Quando a sociedade civil resolve se organizar em movimento, no caso pró Arena, é um sinalizador que não pode deixar de ser avaliado. Talvez seja essa, a maneira mais eficiente de chamar a atenção positivamente para um objetivo. O poder público quer tanto quanto a sociedade civil revitalizar o Teatro de Arena e se sente mais forte para pleitear investimentos junto aos outros entes federativos e à iniciativa privada, pois está claro para este governo que somente assim será possível dar conta da demanda reprimida quanto ao patrimônio cultural.

Estamos vendo e ouvindo o movimento pró Arena com a felicidade de que a cultura realmente se legitima a partir da participação da sociedade."

Adriana Silva

Secretária da Cultura de Ribeirão Preto